António Seara Gonzalez foi fundador de uma das maiores empresas em Belver, a fábrica de alparcatas deu trabalho a mais de 100 operários de todo o Concelho de Gavião. Actualmente no local da fábrica está a Casa Covão da Abitureira, uma casa de turismo rural que preserva o espaço da antiga fábrica e casa de António Seara.
Manteve, também, um armazém que vendia papel para tabaco, tripas, secas ou frescas, cominhos e pimentão.
Mas a sua história não se fica por aqui, poderá ler mais num documento elaborado pela sua neta, Ana Cristina Seara Pires Santos Estevinha, clique aqui para ler mais
Capelinhas de Belver
        Belver teve um Rosário
        De capelinhas para rezar
        Tem ao fundo a do Castelo
        E ao cimo a da senhora do pilar
        
        Aí dá gosto falar
        Das tradições que o povo tinha
        Pedimos á Senhora do Pilar
        Que volte á sua capelinha
        
        A do São Miguel desapareceu
        Esse santo não volta mais
        Mas deixou-nos como protector
        O nosso velhinho São Brás
        
        Esse santo protector
        De tantas almas aflitas
        Que por nos ter tanto amor
        Nos trouxe as santas relíquias
        
        Ó queridas Santas Relíquias
        Teus milagres são de encantar
        É por isso que o nosso povo
        Se ajoelha ao teu altar
        
        Das capelinhas do rosário
        Em duas falta falar
        Uma é a do Espírito Santo
        Que já perdeu o seu altar
        
        A outra é a do Mártir Santo
        Sempre enfeitada com flores
        Onde o nosso bom povo
        Reza á nossa Senhora das Dores
        
        Nossa Senhora das Dores
        Fala ao velhinho São Brás Dizendo que a mocidade
        Em tudo fala e nada faz
        Diz o velhinho São Brás
        
        Toma isso como castigo
        Mas hoje o que dá vida ao mundo
        É restaurar o antigo.
        Hipólito Cunha
Adeus Belver
        Adeus vila de Belver
        Vila que tão linda és
        Com um castelinho lá no alto
        E o rio banhando-te os pés.
        
        És como olivais bordados 
        As tuas encostas sem fim
        Tu és das terras da beira
        Aquela mais bonita que eu vi.
        Hipólito Cunha
Para Fazer Versos à Nossa Terra
        O nosso cantinho tão pequenino
        E onde tanta beleza se encerra
        Quem pode haver que não goste
        De visitar o nosso cantinho,
        E nas lindas noites serenas
        Ir ver a lua a nascer,
        Dos poiais do Outeirinho.
        
        Ò miradouro do Outeirinho,
        Que és o espelho da primavera
        Eu só queria ser poeta,
        Para fazer versos à nossa terra.
        
        Do miradouro do Outeirinho
        Até ao poço das pombinhas
        E subir acima ao castelo
        Saudar Belver das capelinhas.
        
        Adeus Belver das Capelinhas
        Com tradições tão antigas
        Que na memória do teu povo
        Nunca mais serão esquecidas.
        
        Do castelo ao bairro tropa
        Belver que tão lindo és
        És como olivais bordados
        Deixas o mundo encantado
        Com o rio que corre aos teus pés
        Tanta beleza que tens
        Toda contigo nasceu
        Mas o que dá mais pureza
        Para manter esta beleza
        É a graça que Deus te deu.
        
        Do São Miguel à Fonte Velha
        Está o Cardal à nossa espera
        Eu só queria ser poeta
        Para fazer versos à nossa terra.
        
        Quando eu passeio em terra
        No nosso largo de Camões
        A ver barquinhos navegando
        No rio Tejo lá tão longe.
        
        A ver o sol a nascer
        Iluminando o castelo
        A ver o meu povo a correr
        Para este panorama tão belo.
        
        Ò panorama do castelo
        Como tu não há igual
        Das paisagens do cabril
        Aos areais do Alamal.
        
        Ò ricos areais do Alamal
        Banhados com água pura
        Que te deixa uma frescura
        De perfumes de alfazema
        Eu só queria ser poeta
        Deste lindo panorama,
        Mas não posso, Belver
        Não posso.
        
        Não posso antes que eu queira
        Não te posso fazer versos
        Sem passar pela ribeira
        E então, saio da rua da Politeira
        Andando e saltando,
        Saltando tantas pedrinhas
        Para chegar ao poço fundo,
        Ao encanto das pombinhas.
        
        Agora digo adeus ao castelo
        Onde eu fiz as minhas pousadas
        Porque só ele é um paraíso
        Com pombinhas encantadas.
    Hipólito Cunha
A Bruxa da Assaquia
Conta a lenda que em tempos idos, se via, durante a noite, uma mulher que se vestia como se fosse uma bruxa, antigamente qualquer pessoa seria identificada como bruxa por poucos motivos, neste caso, porque se vestia fora do normal e por andar na rua durante a noite, ninguém sabe exactamente de onde vinha e para onde ia, mas muitos diziam ver, a que ficou conhecida como: “A Bruxa da Assaquia”
A verdade da lenda: Nunca se soube realmente o que se passou, sendo até hoje um mistério o que realmente aconteceu e se aconteceu.
Belver
Segundo a lenda o nome de Belver deriva da frase “que belo ver!”, proferida por uma princesa, de nacionalidade desconhecida, que do alto da torre de menagem do Castelo deslumbrava a magnifica paisagem, ainda hoje visível; ao qual o Rei, seu pai, concordou e decidiu que o Castelo e a Povoação circundante seriam chamados de Belo-Ver, tendo ao longo do tempo sido modificado até ficar com o nome actual de Belver
A verdade da lenda: não é totalmente certa a veracidade desta lenda, derivado da falta de documentos que o comprovem.
Lenda retirada e adaptada do livro “Monografia da Antiga Vila de Belver (Da Ordem de S. João do Hospital)” de J. C. Lobato Ferreira – Câmara Municipal de Gavião, 1984.
Belver.org V4.5 © Copyright 2006 - 2025
Sobre o Belver.org